sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Em jeito de apresentação


Mais de vinte anos depois de ter iniciado a minha atividade docente, após ter assumido responsabilidades de gestão quer de natureza administrativa quer de natureza pedagógica, sempre dentro da "escola", voltei, por opção, à sala de aula.
 
 Encontrei algumas mudanças! Acompanhando o tradicional quadro negro (nalguns casos vestido de verde ou branco), a secretária e o giz (ou a caneta de feltro) encontrei um videoprojetor. 

A secretária também exibia algumas mudanças, tinha menos espaço disponível porque ostentava um computador. Dir-se-ia que com tantas mudanças algo tinha mudado. Pura ilusão, mau grado todo o aparato o processo mantinha-se igual ao que sempre foi.

O conceito típico de lecionação enraizado desde o século 19 supõe uma exposição oral do professor a que se segue um trabalho de consolidação na sala de aula, frequentemente, com continuidade do trabalho  em casa. Pois é! Continuava tudo na mesma.

Felizmente os alunos mudaram! Não de lugar, este mantém-se igual ao que sempre foi. Em filas e colunas, voltados para o centro das atenções, o quadro, seja qual for a cor, e o professor.

Mas eles mudaram, isso é inquestionável. Usam, para seu próprio prazer ou necessidade, inúmeros dispositivos - desde simples telemóveis a smartphones desde consolas de jogos a computadores ou tablets ... e a "escola" mudou?

Proponho-me neste espaço contribuir para uma reflexão/discussão/partilha de possíveis alterações das práticas letivas dentro da  sala de aula. Esta alteração pressupõe o uso de tecnologias digitais que, considerando  a sua plasticidade, são utilizadas como uma mais‐valia e não como mero adorno modernista.

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